O caderno rosa de Lori Lamby
polêmico, subversivo e implacável da primeira à última página, este livro deu início à fase obscena da autora de júbilo, memória, noviciado da paixão. aos sessenta anos de idade, quatro décadas depois de estrear como poeta e inconformada com a tímida recepção de sua obra, hilda hilst tomou uma atitude radical. em 1990, com o caderno rosa de lori lamby, resolveu se despedir da “literatura séria” e se dedicar a escrever “adoráveis bandalheiras”. a narradora, lori, é uma menina de oito anos que decide se prostituir, com o consentimento dos pais, e registrar tudo ― tudo mesmo ― em seu diário. com humor ácido e autoconsciência brutal, ela relata os desenlaces da sedução e o prazer que o dinheiro lhe traz. não à toa, a premissa escandalosa rendeu as mais diversas e enfáticas interpretações dos críticos e continua despertando a ávida curiosidade dos leitores. no posfácio a esta edição, a psicanalista vera iaconelli destaca como hilda hilst, ao questionar nossas certezas e ultrapassar o limite da razão, escreveu uma obra que impressiona pela ousadia e atualidade.
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