O enigma de Espinosa
Assim como aconteceu com nietzsche e schopenhauer, o escritor e psiquiatra irvin d. yalom viu o personagem perfeito em baruch espinosa, filósofo judeu do século xvii responsável por obras que revolucionaram o pensamento ocidental – e o fizeram ser excomungado da comunidade judaica. no entanto, pouco se sabe sobre espinosa. como, então, falar sobre alguém com uma vida tão secreta? depois de muito procurar, uma informação chamou a atenção do autor: em 1942, a força-tarefa de alfred rosenberg, servo fiel de hitler e principal responsável pela política racial do terceiro reich, confiscou toda a obra de espinosa. que interesse um oficial nazista teria pelos livros de um pensador judeu? por que o governo hitlerista não os queimou, como fez com tantas outras obras em vários lugares da europa? o que seria “o problema de espinosa”, utilizado como motivação para o regime estudar e preservar seus livros? para responder a essas perguntas, yalom construiu uma impressionante narrativa ficcional em que intercala supostos acontecimentos da vida do filósofo iconoclasta e a do cruel assassino em massa, em uma história sobre as origens do bem e do mal, a filosofia da liberdade e a tirania do terror.
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