Partido Alto
Nei lopes, mais do que o craque que bate o córner e faz o gol de cabeça, tem presença quádrupla no panorama da nossa música e da nossa cultura popular. em sua mulatice zen, cevada em ambiência seropedicana, convivem em medidas de igual talento o historiador metódico e rigoroso, o intelectual de reflexões originais, o compositor de obras irretocáveis como “coisa da antiga” e o partideiro, herdeiro do improviso que é das nossas melhores heranças negras. É como se geraldo babão, seu alter-ego, tocasse para tinhorão e joel rufino tabelasse com dona ivone lara. o que diz sobre o partido-alto tem força de lei, não fosse ele, além de tudo, advogado e publicitário. aliás, publicitário empenhadíssimo em divulgar o quanto o brasil, para ser o brasil, precisou que vários pedacinhos da África passassem por aqui. roberto m. moura
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