A dama de branco
No rio de janeiro do início da quarentena, o narrador passou a observar uma vizinha que saía de madrugada para dar uma volta no estacionamento a céu aberto. embora ela não soubesse que estava sendo acompanhada, uma estranha cumplicidade se estabeleceu entre os dois, e sua presença simbolizava a promessa de um encontro arrebatador, ao mesmo tempo em que representava a morte pairando ao redor.
assombroso e revelador, “a dama de branco” foi o último texto publicado por sérgio sant’anna, que faleceu em 2020, durante a brutal pandemia de coronavírus. além da narrativa que dá título ao livro, o volume é composto por outros dezesseis contos ― que tratam da solidão, da memória, do desejo e da própria escrita ― e uma novela, que estava em vias de ser terminada.
a dama de branco atesta que a prosa de um dos principais escritores brasileiros contemporâneos se manteve vigorosa e afiada até os últimos dias.
organização e apresentação de gustavo pacheco.
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