Segundo a Wikipédia, a defesa do ócio enquanto um momento de criação e reflexão, distinto portanto da noção de "não fazer nada", aparece na literatura do ocidente como uma resposta à sociedade industrial que tornou os indivíduos cada vez mais atarefados e presos ao mundo do trabalho. A base da teoria marxista desde o seu início era o direito progressivo do trabalhador a apropriação do ócio criativo, fazendo que a sociedade ficasse mais produtiva como um todo. Desde o século XIX, quando o jornalista francês Paul Lafargue (1842-1911) publicou seu notório O Direito à Preguiça, a noção do ócio passou a ser revista e readequada a essa nova sociedade. Subsequentemente ao texto de Lafargue, por exemplo, pode-se citar O Elogio ao Ócio, um ensaio de autoria do filósofo e matemático inglês Bertrand Russell (1872-1970), para quem o trabalho não é ou não deveria ser o objetivo da vida de um indivíduo, trazendo o ideal de um mundo em que todos possam se dedicar a atividades agradáveis, usando o tempo livre (ocioso) não apenas para se divertir, mas para ampliar seus conhecimentos e a capacidade de reflexão. Já na segunda metade do século XX, a expressão ócio criativo foi consagrada pelo texto homônimo do sociólogo italiano Domenico De Masi (1938-), publicado originalmente em 1995. Nele, De Masi analisa a questão do ócio numa sociedade pós-industrial. Querendo dar um novo sentido para a palavra ócio? Selecionamos para você os melhores livros que abordam o assunto, veja a escolha dos nossos editores!